Diógenes de Medeiros, filho de José Joaquim de Medeiros e Ângela da Trindade Medeiros nasceu no dia 25 de julho de 1853 na cidade de Bananal, Estado de São Paulo e desencarnou no dia 8 de janeiro de 1931, aos 78 anos na cidade do Rio de Janeiro.
Apesar de nascido em Bananal, Diógenes passou quase que toda sua mocidade em São Pedro de Itabapoana, no Estado do Espírito Santo, exercendo a profissão de tropeiro (condutor de cargas), auxiliando seus pais que eram agricultores.
Educado sob as égides do catolicismo, quando foi morar no Rio de Janeiro, foi secretário e confidente do Bispo D. Lacerda, com quem, inclusive, fez uma viagem à Roma, onde conheceu o Papa. Nessa oportunidade, decepcionou-se com o mercantilismo da igreja.
Mesmo sem ter tido a oportunidade de estudar, Diógenes apresentou, desde muito cedo, uma inteligência brilhante, além de uma capacidade imensa para escrever e, apesar de apresentar limitações no domínio da Língua Máter, colaborou em jornais e revistas com seus versos, contos e pensamentos.
Depois de trabalhar como secretário do Bispo, Diógenes exerceu a função de escriturário de Estrada de Ferro Central do Brasil, onde se aposentou em 30 de dezembro de 1914. Foi trabalhando na Central do Brasil que Diógenes, quando tinha 43 anos, conheceu o velho Simas, espírita que desenvolvia sessões em sua casa.
O velho Simas, constantemente, fazia convites a Diógenes para que ele comparecesse às reuniões que realizava em sua casa. Porém, o amigo, ainda sob forte influencia católica, não acreditava nos ensinamentos espíritas e, sempre, arrumava uma desculpa para esquivar-se do convite.
Um dia, devido a insistência de Simas, Diógenes resolve comparecer a reunião do amigo. Nesse dia, após iniciada a sessão, Simas, ofereceu ao amigo papel e lápis e lhe disse para escrever aquilo que lhe viesse à mente, já que, por intuição, entendia que Diógenes era médium.
Diógenes, sujeito dotado de grande capacidade de escrever, resolve, então, passar uma descompostura em todos que ali estavam, pois não conseguia perceber, verdadeiramente, a ação de Espíritos. Com esse intuito pôs-se a escrever a dura mensagem que julgava importante comunicar.
Após o término das manifestações espirituais, o amigo Simas solicita a Diógenes que leia a mensagem que escreveu. Assim, portanto, Diógenes iniciou a leitura do texto que julgara ter escrito e logo percebeu que, ao invés da descompostura que pretendera escrever, havia psicografado uma bela mensagem com os mais belos conceitos de amor e teor moral.
Confuso, aturdido e surpreso diante da formidável intervenção dos Espíritos, Diógenes nem terminou de ler a mensagem. Alegou um certo mal estar, despediu-se de todos e prometeu que voltaria em outra reunião.
Fugiu para seu lar e ali, sob intensa tempestade interior, leu e releu a mensagem que psicografara. Não conseguia entender aquele fenômeno maravilhoso. Em meio as suas dúvidas e ao desejo de esclarecê-las lembrou de um livro que havia ganho do velho Simas e que, por falta de interesse, havia esquecido empoeirando em uma de suas prateleiras.
Leu sofregamente o Livro dos Espíritos e quanto mais lia mais sentia necessidade de estudá-lo e compreendê-lo mais intensamente.
A partir daí Diógenes dedicou-se intensamente à causa Espírita. Com seu trabalho de psicografia Diógenes atendia cerca de 6 horas por dia várias pessoas que o procuravam pedindo por ajuda e consolo. Assim, foi o braço divino que segurou inúmeras vezes as mãos dos desesperados, dos vencidos pela descrença, dos chorosos pela perda de entes queridos, daqueles que premeditavam crimes e daqueles, por fim, que sofriam obsessões graves.
Mesmo quando a idade o arqueava, Diógenes não descansava. Mesmo aos 72 anos de idade trabalhava mediunicamente durante a semana toda e, aos domingos, dedicava-se ao trabalho voluntário na Assistência aos Necessitados de São Cristóvão.
Aos 78 anos de idade Diógenes foi vítima de um doloroso e terrível acidente. Numa tarde, quando se recolhia à sua casa, Diógenes foi alvejado com dois tiros de espingarda desfechados por seu vizinho, um oficial do exército que afirmou ter se assustado com o vulto que vira.
Diógenes sofreu, ainda por dias, com os tiros que atingiram sua perna e seu estomago e veio a falecer em 8 de janeiro de 1931.
Apesar de sua morte física, Diógenes não parou de trabalhar na seara de Jesus. Continuou trabalhando no mundo espiritual e, através da mediunidade de Dona Zica perseverou na Assistência aos Necessitados.
O trabalho de Diógenes de Medeiros recebeu a importante colaboração de Francisco dos Santos Reis e Dona Benedita Vieira dos Reis. Dona Zica, como era conhecida Dona Benedita e "seu" Chico Reis, que moravam na cidade de Guaratinguetá, eram pais de dez filhos, dentre eles, o famoso violonista brasileiro Dilermando Reis.
Com sua mediunidade, Dona Benedita, dedicava-se a receber mensagens e a orientação dos Espíritos, dentre eles, Diógenes de Medeiros, receitando formulações de remédios homeopáticos que eram carinhosamente preparados por "seu" Chico Reis.
O trabalho do casal era intenso e levou "seu" Chico Reis, que era o coveiro da cidade, a fundar o Centro Espírita "Assistência aos Necessitados Diógenes de Medeiros" em 27 de setembro de 1938. Com o passar do tempo, mesmo como o falecimento de Dona Benedita e "seu" Chico, as atividades do Centro Espírita, que já eram intensas, tornou-se maior e a pequena casa, que abrigava as atividades desenvolvidas pelos Espíritos Superiores, já não era mais suficiente para receber a grande quantidade de pessoas que procuravam orientação e auxílio espiritual.
Nessa época, um pequeno grupo de trabalhadores se reuniu e decidiu construir uma sede maior para abrigar as atividades do Centro Espírita. Esse grupo contou com o prestimoso trabalho de João Dias da Silva, Sargento da Aeronáutica que havia sido transferido para servir na Escola de Especialistas de Aeronáutica em Guaratinguetá e cuja esposa, Dona Ruth, passou a trabalhar mediunicamente no Centro Espírita "Assistência aos Necessitados Diógenes de Medeiros".
O "seu" Dias, contando com a ajuda de alguns colaboradores, liderou, pessoalmente, as ações de construção e, com as próprias mãos, em seus dias de "descanso" do trabalho militar, ocupava-se de levantar as paredes da nova sede do Centro Espírita que foi inaugurada no dia 27 de setembro de 1971, na rua Alfonso Gianico, 632, na cidade de Guaratinguetá.
Marco Aurélio Alvarenga Monteiro
Presidente | Ary Domingos da Silva Junior |
Vice - presidente | Gilson Alves Diniz |
1º Secretário | Joel Luiz Bernardino de Oliveira |
2º Secretária | Juçara Cristina dos Santos da Silva |
1º Tesoureira | Flávia Martins Dias da Silva |
2º Tesoureiro | João Dias da Silva |
Bibliotecário | Lilian Areco |
Presidente | Marco Aurélio de Alvarenga Monteiro |
Secretária | Isabel Heloísa de Carvalho Muniz Barreto |
Conselheiro | Ricardo Marcondes |
Conselheiro | Luiz Eugênio da Mota Machado |
Conselheiro | Ricardo Righi |
Conselheira | Maria Palma da Silva |
Conselheiro | Lauro de Oliveira |
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Leia maisObrigado por sua visita ao nosso site! Nele buscamos, além de apresentar um pouco daquilo que é desenvolvido em nosso Centro Espírita, Assistência aos Necessitados "Diógenes de Medeiros", também intensificar nossa busca por compreender e praticar os ensinamentos da Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec.
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